sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Como montar um micro I parte


O primeiro passo para montar um micro é a maneira certa de comprar suas peças.


O Que Comprar
Um micro do padrão PC é constituído por um conjunto de placas e interfaces
interconectadas, produzidas pelos mais diversos fabricantes. Muitos usuários
acham que a caixa metálica onde o micro está alojado é que é o computador,
mas isto não é verdade. O gabinete do micro serve tão-somente para abrigar
todo o conjunto.
Outro equívoco muito comum é pensar que somente o processador da
máquina (ex: Pentium 4, Pentium III, Athlon, Duron, etc.) define se o seu PC
será bom ou ruim. Escutamos em nosso dia-a-dia “tenho um Pentium 4”,
“vou comprar um Athlon”, etc., mas indicar somente o processador do micro
– apesar de ser alguma referência – no final não quer dizer muita coisa.
Isso ocorre porque não é só o processador escolhido que determinará o
desempenho e a qualidade do seu micro. A placa-mãe, tipo de memória RAM,
disco rígido, placa de vídeo e os demais componentes do micro também
influem diretamente no desempenho e qualidade do seu PC.
O ponto de partida para a escolha de qual micro montar é realmente a escolha
do processador. A escolha das demais peças do micro é tão importante quanto
a escolha do processador, mas, infelizmente, poucas pessoas dão a devida
atenção ao restante da lista de compras.
Para você ter uma ideia mais concreta do que estou falando, uma placa-mãe, topo de linha tem um desempenho muito superior ao das placas-mãe
mais baratas, chegando a fazer com que o micro tenha um desempenho
muitas vezes 20% superior. Isso significa o seguinte: se você montar um
micro com um processador topo de linha mas usando uma placa-mãe de
baixa qualidade (isto é, a mais barata que você encontrar), poderá obter no
final das contas um desempenho inferior inclusive ao de um micro equipado
com um processador inferior, teoricamente mais lento.
Em bom português: se você está com o orçamento apertado, em vez de
escolher o processador mais “possante” que você encontrar, talvez valha
mais a pena escolher um processador que não seja o mais rápido de todos
mas, em compensação, investir a diferença de preço entre os dois na
aquisição de peças de melhor qualidade – sobretudo a placa-mãe (que é,
depois do processador, o componente que mais influencia no desempenho
do micro). Um bom micro, portanto, não é aquele que tem o processador mais rápido do
mercado, mas sim aquele que é coerente com a escolha das peças que o
compõem. É no mínimo incoerente você ter o processador mais caro do
mercado instalado na placa-mãe mais barata que você encontrou. Ao longo
dessa serie postagens estarei dando várias dicas sobre como reconhecer e
comprar os demais componentes do seu futuro PC para não ter futuras dores
de cabeça.
Outro ponto importantíssimo que você precisa saber antes de efetivamente
escolher as peças para o seu micro: para que você o utilizará?
Infelizmente a mídia como um todo enfatiza muito o processador da máquina,
mas se esquece de duas coisas. Primeiro, nem sempre o processador mais
possante do mercado é adequado a todos os usuários. Por exemplo, uma pessoa que quer montar um micro apenas para rodar um processador de
textos e uma planilha eletrônica não precisa do processador mais rápido
existente. O motivo é simples: essas aplicações não exigem tanto
desempenho. Com a diferença de preço entre o processador mais rápido e o
mais simples, acredite, o processador mais simples existente no mercado
hoje é mais rápido do que a maioria das pessoas precisa, dá para fazer muita
coisa. Já o mesmo caso não é verdade se você for um adolescente querendo
rodar jogos 3D, que são o tipo de aplicação que mais exige desempenho da
máquina. O segundo ponto é que a mídia raramente explora a importância
das demais peças que o micro deve ter.
Outro exemplo apenas para fixar o assunto. Uma pessoa compra um micro com a placa de vídeo on-board  e depois não entende por que o micro do primo
é muito mais rápido para rodar um determinado jogo. “Mas o vídeo do meu
micro é 3D, por que ele está tão lento?”. O fato de um vídeo on-board ser 3D
não significa que ele será rápido... Ou seja, um micro com uma placa-mãe
com vídeo on-board – que normalmente é o tipo de placa-mãe mais barato do
mercado – pode ser excelente para usuários que não irão exigir muito
desempenho, ao passo que não é recomendado para usuários pesados, como
o caso da execução de jogos 3D (uma coisa é um usuário que roda um
determinado jogo ao final do dia para relaxar – nesse caso até mesmo um
vídeo on-board resolve o caso dele; outro caso é o do usuário que roda jogos
o dia inteiro, necessitando de um PC de alto desempenho).
Um outro equívoco muito comum que vemos todos os dias nas conversas
informais entre leigos é imaginar que, quanto mais rápido o micro for, melhor
e mais rápido será navegar na Internet. Isso não procede e não faz o menor
sentido. A velocidade de navegação na Internet é estipulada por um periférico
chamado modem e não tem absolutamente nada a ver com os demais
componentes do micro. Se você tiver um 486 com um modem de 56 Kbps ou
um Pentium 4 com o mesmo modem, a velocidade de navegação será
absolutamente a mesma.
Na II Parte preparei uma lista completa de todos os componentes que um
PC deve ter. Essa é a sua “lista de compras”. Para montar um PC você
deverá adquirir pelo menos todos os componentes dessa lista, salvo quando
indicamos que ele é opcional. Nas procmas postagens, eu estarei vendo
detalhes importantes sobre cada um dos componentes listados, para que
você não compre gato por lebre e maximize o inve$timento a ser feito na
aquisição das peças do seu PC.

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